16/08/2023

Deitar Gatos

 Até meados do século XX, era comum arranjar objetos partidos de loiça ou barro. As oficinas próprias ou até mesmo os amoladores de rua  realizavam este tipo de trabalho, lançando fortes agrafos de arame para unir as peças. Os agrafos eram os "gatos". As ferramentas usadas chamavam-se "puas"

 





 

Algarve - Lisboa

 No dia 3 de julho de 1889 foi aberto à circulação o caminho de ferro do Algarve.


 Nota:
Para um rendimento mensal de 10$400 réis, uma viagem a Lisboa em 3.ª classe ( 3$730 réis) representava  36% de um salário médio mensal. 

 

Informação de João Guerreiro

Perdidos e Achados

 Aviso da Empresa Rodoviária do Algarve, em 1936.


 

01/08/2021

Feira do Carmo


A feira do Carmo foi instituída por provisão de D. João V, datada de 20 de julho de 1720, “a pedido do Prior e demais Irmãos da Mesa da Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo, em razão da mesma Ordem não ter o rendimento necessário para o esplendor do culto divino e obras pias que nelas se costumam exercitar”. Uma outra provisão de 22 de maio de 1722 a confirma como feira franca e dois alvarás da rainha, um de 1724 e outro de 1787 a declaram livre, durante alguns anos, do direito de portagem.

Texto de João Guerreiro 

30/07/2021

Unidades de Medida - Passado e Presente

 

 COMPRIMENTO




PESO


 

CAPACIDADE - SECOS

 


 CAPACIDADE - LÍQUIDOS



 ÁREA

 

A jeira é uma antiga medida de superfície ainda utilizada, em alguns países e regiões, para medição de terrenos agrícolas. 

A jeira do Império Romano (iugerum) valia 2 acres, ou seja, o equivalente a cerca de 2520 m².  

 


 

08/06/2021

A Carroça Algarvia


1-CARRO DE CAPOEIRA
 
É sem dúvida, um dos mais típicos veículos que calcorreavam os antigos caminhos do Algarve. Trata-se de um vulgar carro de mula a que se adicionou uma capota de pano oleado vulgarmente conhecida por "capoeira". Esta, é muito garrida e o seu desenho é normalmente exclusivo de cada oficina, o que permite identificar a origem do veículo ou o local do seu fabrico.
 
 
 
2-ARANHA
 
Conhecido por "Aranha", este veículo parece ter herdado do animal que lhe dá o nome as suas características de agilidade e rapidez, bem assim como o seu aspecto geral, caracterizado por grandes e finas rodas que suportam um pequeno mas confortável assento para 2 ou 3 pessoas.
 
 

3-CARRO DE AZEITEIRO
 
Qual mercearia ambulante, o azeiteiro vendia de porta em porta os seus produtos: o azeite, o sabão, o petróleo, etc. Trata-se de um veículo pesado, cuja estrutura é totalmente em ferro, exigindo por isso um animal muito forte. Apesar de não se tratar de exemplar antigo, é sem dúvida descendente de um tipo de comércio (venda ao domicílio) muito comum nos meios citadinos.
 
 
 
4-CARRO DE TRABALHO (Carreta)
 
Veículo extremamente resistente próprio para os trabalhos mais pesados. Possivelmente terá transportado grandes cargas de cortiça, palha ou lenha ao ritmo cadenciado da parelha de animais (bois ou mulas) que faziam a sua tracção. Não possui taipais laterais, embora os pudesse ter, tudo dependente do tipo de carga. Proveniente de S. Bartolomeu de Messines.
 
  

5-CARROÇA DE MULA VULGAR

Veículo utilitário de tracção animal de trabalho e transporte de pessoas. Utilizado por quase todo o litoral e barrocal do Algarve. Os motivos decorativos de cores garridas, vulgarmente usados, identificam-lhe a origem. É ainda hoje possível encontrar em uso, alguns dos últimos exemplares.
 
 
                                                        
 


6-CHURRIÃO
 
Veículo muito resistente, de dupla tracção, próprio para viagens de longo curso, onde os viajantes podiam usufruir de algumas comodidades, como curtinas e assentos acolchoados e rebatíveis, podendo estes transformarem-se em cama à noite. Apesar de os churriões serem bastante mais comuns no Alentejo do que no Algarve, também por aqui estes circulavam. Proveniente da zona de Albufeira.
 
 
Informação de Mário Mendes, in Faro Caixa de Memórias



Operariado do Algarve - Início do séc XX

 ASSOCIAÇÕES OPERÁRIAS ALGARVIAS